Revivendo aquele tempo.

Era no quintal de casa onde me encontrava, revivendo o passado, eu lembrava que ali era o lugar que eu usava como refúgio, quando descobriam meus erros e besteiras. Um lugar onde eu podia chorar sozinha e isolada e então ali eu ficava todo entardecer até alguém ir até lá com carinho me levar para dentro, caso contrário ficava ali sentada na grama observando os pássaros até que anoitecesse. E era ali que eu estava da mesma forma, sentada na grama observando os pássaros, mas agora os motivos já não eram os mesmos, e não era no intuito de chorar mas de apenas relembrar aquela infância, afinal se o intuito ainda fosse o mesmo as reações seriam diferentes, talvez ninguém fosse se importar com aquelas lagrimas e ninguém viria me buscar no máximo ouviria chamados da porta de casa, afinal o tempo haveria passado e aquela criança crescido, então apenas volto normalmente para casa.

Nesse labirinto.

O tempo tem passado devagar, tudo parece fora do lugar apesar de nem saber qual é o lugar que insisto em falar. Eu não paro, continuo a caminhar sem saber onde vou chegar, tantos atos por impulso e tantas palavras que nem deveria falar, nesse labirinto de pensamentos, emoções e acontecimentos eu me pego escrevendo naquele caderno em branco, aquelas palavras começam a surgir e formam textos que sempre ficarão lá para o tempo passar e tudo novamente mudar é um jeito de se expressar já que na maioria das pessoas não se pode confiar, isso você vai aprender aguentar, o amanhã vai chegar e novas coisas o tempo vai ensinar.

Quadro dos fatos.

E é olhando aquele quadro na parede de seu quarto que ela pensa nos fatos e planeja seus próximos atos. E é com extrema indignação que ela chega comparar pessoas com gatos, tão bonitos e por vezes tão traiçoeiros, destroem ratos sorrateiros sem nem um pouco de piedade e muitas vezes por pura maldade, mas ratos são apenas ratos não deixam saudades, pessoas embora sem dignidade sempre deixam. Pessoas que não conhecerão a bondade, que amam pela metade e observam apenas as deformidades.
Pessoas assim vivem nessa cidade?

Sentimentos apagados.

É na caminhada da vida que você aprende que tudo o tempo cura, tentar esquecer ou apagar um sentimento é uma perda de tempo, toda vez que tentar apaga- lo vai lembrar novamente, seja qual sentimento for, amor, ódio, rancor. Quanto mais tentar esquecer menos chance terá de conseguir. O tempo vai passa e quando lembrar de tudo que passou não vai se importar, pois vai ter cansado e aquele sentimento foi desgastado pelo tempo e então a tempestade passa e você fica, certamente diferente mas ainda vai estar lá feliz e renovada e os sentimentos vão se tornar apenas lembranças de aprendizado.
Substituir sentimentos talvez tivesse chances de ser uma boa escolha, se fosse fácil. Trocar ódio por desprezo, amor por carinho, rancor por apenas lembranças ruins apagadas, assim seria simples e rápido, o tempo é demorado mas é essencial.

Dia feliz.

Ao me sentar embaixo de uma arvore pego um papel e uma caneta e fico a pensar no que escrever, sentindo um ventinho refrescante, o sol estava muito quente e isso não me alegrava tanto, a saudade do inverno me dominava mas não desprezava aquelas lindas paisagens que iluminadas pelo sol ficavam ainda mais belas e aquele som único que ouvia, o som dos passarinhos felizes por mais um dia de sol, mais um dia que eles poderiam voar pelo mundo inteiro sem se preocupar com chuva nem tempestades, para eles esse seria mais um dia feliz de verão.

Decadência.

Caminhando normalmente por ruas claras mas um tanto desertas, talvez por causa daquela calma chuva de outono, olho para o lado vejo uma uma cena trágica? patética? Bem não soube nem ao menos dar uma palavra para aquela cena tão triste. Era alguém jogado no chão, algumas garrafas e muitos cigarros em volta e um cheiro forte de alguma droga que eu preferi nem imaginar qual fosse. Logo pensei ' o que levaria alguém disperdiçar sua vida assim? ' Estava certa que havia mais alguém ali, pois os cigarros eram muitos para alguém fumar sozinho em uma tarde pois não recordava de ter o visto pela manhã ali.
Continuei a observar ainda a pensar quais seriam seus motivos para alguém desistir de si mesmo daquela forma, continuo a caminhar até ouvir ruídos, volto a olhar para trás, vejo uma mulher ruiva, aparentava ter por volta de 25 anos, estava chorando e lamentando aquela cena. De certa forma me alegrei ao ver que alguém iria leva-lo pra casa e tentar tira-lo daquele caminho que pudesse não ter saída . E então fui me distanciando e já não enxergava mais aquelas pessoas, só desejava que aquele alguém tivesse um chance de mudar suas escolhas .

O livro.

Ao entardecer impossível não pensar em escrever ao lado um livro que jamais pensei em ler no outro uma folha em branco e uma caneta pronta pra escrever.
Folhei o livro parecia contar a história de alguém que demorou a se entender, talvez ela simplesmente não conseguisse se esconder nem ao menos se proteger ou talvez ela nem quisesse se esconder nem se proteger, talvez ela quisesse viver e aceitar tudo aquilo que insistia dizer ser errado e não pudesse crer que tudo aquilo era falso e sujo. E naquela história havia muitas contradições que acabavam se tornando em canções que tocavam muitos corações que então aceleravam sem explicações e no final se partiam no meio das decepções.

Seize the day.

E nesse primeiro post de 2011 resolvi falar dos seis meses de blog. Ainda lembro exatamente do momento que resolvi criar um, não achava que alguém iria ler, talvez achasse que aquilo me serviria como um diário, não sabia nem qual nome colocar e então foi ai que nasceu o Seize the Day nome inspirado em uma música da banda Avenged sevenfold e então tempo foi passando e o meu amor por escrever só aumentando, os assuntos mudando e a forma de escrever se aperfeiçoando, eu espero nesse 2011 poder continuar escrevendo e que as pessoas continuem á gostar.